Notícias | PAPAGOIABA

Com o movimento dos funcionários da Usina Presidente Vargas, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), sendo apontado por sindicalistas na mídia regional, como ação da oposição à direção do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, o JBP Papagoiaba fez contato telefônico, na manhã desta sexta-feira, 8, com Paulo Faria, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTTB), que tem sede no Rio de Janeiro e apoia os funcionários da CSN em suas reivindicações para repor perdas e retomar direitos ignorados ao longo dos anos. Desde a segunda-feira, 4, foram registradas paralisações em vários setores da CSN.

Paulo Faria sustentou, que o movimento é espontâneo e que a CTTB se posicionou no apoio quando percebeu necessidade de orientar trabalhadores, que mesmo sem a chancela do sindicato teriam que atuar respeitando o rito da assembleia convocada pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Silvio Campos.

“Lamento que um movimento legítimo dos funcionários da CSN esteja sendo entendido, equivocadamente, por sindicalistas e veículos de mídia”, disse Paulo Faria, acrescentando: “Nós do CTTB somos opositores à direção do Sindicato dos Metalúrgicos, porém, entramos no movimento porque vimos necessidade de orientar os trabalhadores”.

Silvio Campos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, e Edimar Pereira, seu opositor que apoia o grupo de funcionários da CSN - FOTOS/reproduções

O movimento dos funcionários, que possui uma comissão para decidir as ações, inicialmente, cogitou tentar impedir a votação na assembleia, que esta sendo realizada das 6h às 18h desta sexta-feira, 8, na Praça Juarez Antunes, na Vila Santa Cecília. Segundo o representante da CTTB, os funcionários foram orientados a votarem pelo não ao acordo coletivo proposto pela CSN.

Paulo Faria informou, também, que a comissão dos funcionários da CSN, representada por Edimar Pereira, convidou membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-VR) para acompanharem o processo de votação e de apuração na assembleia de hoje. “Os funcionários reivindicam, com nosso apoio, que a apuração dos votos seja imediata e realizada no próprio local de votação, na Praça Juarez Antunes, na Vila Santa Cecília”, encerrou.

O movimento dos funcionários da CSN reivindica reposição da perda salarial em torno de 30%; pagamento de PLR compatível com o lucro da empresa; fim do salário abaixo do piso; fim do banco de horas que substitui pagamento de hora extra; plano de saúde compatível com a importância dos trabalhadores, reajuste no cartão de alimentação e condições de trabalho dignas e seguras.

FOTO/CAPA/reprodução - Votação na assembleia que está sendo realizada nesta sexta-feira, 8, na Praça Juarez Antunes, Vila Santa Cecília.