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Jovem de 18 anos morre fazendo sexo com marido de 19 - é comum morrer durante relação sexual?
Agentes da 2ª Delegacia de Polícia Civil da cidade de São Vicente, no litoral de São Paulo, investigam a morte de Vitória Costa de Castro, de 18 anos, que segundo a versão do marido, de 19 anos, passou mal durante relação sexual.
O boletim de ocorrência registra, que o marido telefonou para o sogro pedindo ajuda e contando sobre o desmaio de Vitória Castro. Ao chegar na residência do casal, o pai da jovem encontrou o marido abraçado à esposa e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a Polícia Militar. Com a chegada do resgate, o óbito foi atestado e a vítima não apresentava marcas de agressão.
De acordo com a Polícia Civil, o pai de Vitória Costa de Castro contou que a filha não bebia, fumava ou usava drogas. Foram solicitados exames periciais ao Instituto de Criminalística (IC) e ao Instituto Médico Legal (IML).
É comum morrer praticando sexo?
Imagine que você está no meio de um ato sexual e começa a passar mal. Pode ser que seu coração esteja entrando em sofrimento ou que você esteja sofrendo um AVC (acidente vascular cerebral).
Sim, é possível morrer durante o sexo, afirma Claudio Gil Araújo, médico do esporte e professor do Instituto do Coração da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
O médico é coautor de uma revisão publicada em 2016 no periódico científico Canadian Journal of Cardiology (Revista Canadense de Cardiologia), que levantou os riscos cardiovasculares do ato sexual.
Os dados encontrados em quase 130 artigos foram baixíssimos. A morte cardíaca súbita, um evento raro por si só, apresentou uma taxa de ocorrência de 2% em todas as mortes relacionadas à atividade física – das caminhadas leves às práticas extremas.
“O sexo é considerado um exercício de baixa intensidade, ou seja, com menor risco ainda”, comenta Araújo, acrescentando: “Um adulto saudável pode até morrer durante o sexo, mas é mais fácil ele ganhar na Loto sozinho.”
Quem corre riscos?
Cardiopatas ou doentes pulmonares têm mais riscos e precisam ser mais orientados. Os problemas cardíacos considerados mais perigosos são a doença coronária grave, a insuficiência cardíaca e os pacientes com ponte de safena. Após um infarto, é preciso ainda esperar cerca de dois meses para a recuperação completa e, assim, voltar gradativamente à vida sexual.
É importante lembrar ainda que os homens têm mais riscos que as mulheres. Para cada dez homens que morrem transando, apenas uma mulher vem a falecer.
A medicina ainda não sabe explicar as razões para essa diferença, mas há especulações que vão das diferenças hormonais à intensidade da atividade física durante o ato.
FOTO/reprodução - Vitória Costa de Castro, de 18 anos
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