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Influenciadora digital presa por policiais militares em Areal, no Centro-Sul fluminense
Policiais militares do 38º BPM (Três Rios) prenderam, neste domingo, 13, em um restaurante na Rua Mônica Quintella, no município de Areal, no Centro-Sul fluminense, a influenciadora digital e blogueira, Rayane Figliuzzi, suspeita de integrar uma quadrilha de estelionatários conhecida como "Família Errejota", especializada no chamado "golpe do motoboy". Contra ela havia um mandado de prisão expedido pela Justiça de Santa Catarina.
Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), ao iniciar um namoro com Alexandre Navarro Junior, o Juninho, de 28 anos, apontado como líder do esquema, ela passou a ajudá-lo emprestando maquininha de cartão e fazendo de suas contas bancárias vias do dinheiro ilegal posteriormente transferido para Alexandre.
Rayane foi encaminhada para a 108ª DP (Três Rios) acompanhada de uma advogada e ficou à disposição da Justiça.
AÇÃO DA "FAMÍLIA ERREJOTA" NA ZONA OESTE DO RIO
Em julho de 2021, outras suspeitas de integrarem a quadrilha, Yasmin Navarro, Mariana Serrano de Oliveira, Rayane Silva Sousa, Gabriela Silva Vieira e Anna Carolina de Sousa Santos, foram presas em um apartamento no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, onde funcionava uma "central de telemarketing", que servia para aplicar golpes em suas vítimas. Na ação, laptops, celulares, anotações e máquinas de cartão de crédito para a análise da investigação.
Todas as integrantes do bando tiveram a prisão preventiva decretada. Segundo investigações, as criminosas entravam em contato fingindo ser da administradora do cartão de crédito, e conseguiam dados bancários de vítimas. O golpe consistia em dizer que uma fraude havia sido detectada nas compras feitas no cartão, e a vítima deveria passar alguns dados para resolver o problema. Elas ainda mandavam um suposto motoboy até a casa da pessoa a ser lesada para recolher o cartão.
Com todos os dados e o cartão das vítimas em mãos, elas faziam compras, saques em contas bancárias e até empréstimos.
Elas foram soltas após 20 dias, sem que o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) fizesse uma denúncia durante o período de reclusão. No entanto, o juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada, decretou novo pedido de prisão.
A nova decisão veio após postagens das acusadas nas rede sociais, celebrando a soltura do grupo com champanhe, caipirinha e salgadinhos, em tom de provocação à Justiça do Rio.
Em uma das imagens, divulgadas por Anna Carolina, a blogueira escreve: 'Se você é minha amiga e for presa já sabe'. Diante do fato, Rubioli considerou a atitude como uma 'afronta' e 'zombaria'.
Apenas Anna Carolina de Sousa Santos e Rayane Silva Sousa se entregaram e aguardam audiência de instrução e julgamento presas. Gabriela, Mariana e Yasmin seguem procuradas pela Justiça.
Segundo as investigações, a quadrilha é dividida em:
- Os líderes da organização criminosa, detentores de todo o 'know how', softwares e responsáveis pela organização e montagem dos "escritórios/centrais de telemarketing.
- Componentes do escritório de telemarketing, que executavam a tarefa de contatar vítimas, convencê-las a entregar os dados bancários, cartões e senhas.
- Motoboys, responsáveis por irem até o endereço das vítimas para recolher os cartões bancários e entregá-lo aos componentes dos escritórios.
- Laranjas, pessoas que cedem suas contas bancárias para movimentação dos valores arrecadados com as fraudes, bem como cedem seus nomes para contratação de máquinas de cartão.
FOTOS/reproduções/Redes Sociais
ATUALIZAÇÃO - terça-feira, 15, 9h51
Em nota, a defesa de Rayane afirmou que ela irá responder a ação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) em liberdade. O processo corre em segredo de justiça no Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
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