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Ex-gerente do Facebook revela que empresa isenta das regras as celebridades e personalidades políticas ideologicamente alinhadas
A ex-funcionária do Facebook, Frances Haugen, de 37 anos, que trabalhou como gerente de produtos e era responsável por projetos relacionados com eleições em todo mundo, vazou, anonimamente, em setembro, para o Wall Street Journal, documentos internos da empresa, revelando, que o Facebook protege e isenta das regras de conteúdo, celebridades e personalidades políticas ideologicamente alinhadas com a empresa.
Segundo Frances Haugen, que revelou sua identidade em entrevista concedida à emissora americana CBS News, a empresa sabia sobre a ‘toxidade’ do Instagram para adolescentes e se omitiu diante de alertas dos funcionários sobre a gravidade do tráfico de pessoas no mundo.
O caso tomou maior proporção nesta segunda-feira, 4, com a falha global que tirou do ar as redes sociais WhatsApp, Instagram e Facebook.
Frances Haugen afirmou que o Facebook é substancialmente pior do que tudo o que ela já viu antes em redes sociais. Engenheira da computação de formação, Haugen já trabalhou para outras empresas de tecnologia, como o Google e o Pinterest, e se especializou na criação de algoritmos que decidem o que as pessoas irão visualizar em seus feeds.
O escândalo sobre documentos vazados e a falha global fizeram as ações do Facebook caírem mais de 10% na bolsa de valores americana desde setembro, quando o Wall Street Journal publicou as denúncias, até, então, sem revelar a fonte.
Facebook nega acusações
O Facebook reagiu às reportagens do "Wall Street Journal". Nick Clegg, vice-presidente de relações globais do Facebook, publicou uma série de tuítes em 18 de setembro apontando o que chamou de "caracterizações errôneas" das matérias.
Segundo ele, os documentos vazados foram divulgados ao público sem contexto. "Todos os dias, nossas equipes trabalham para proteger a capacidade de bilhões de pessoas de se expressar abertamente e, ao mesmo tempo, manter nossa plataforma um lugar seguro e positivo. Sugerir que encorajamos conteúdo nocivo e não fazemos nada a respeito simplesmente não é verdade", escreveu Nick Clegg.
FOTO/reprodução/CBS News
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