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Conheçam os 16 denunciados pelo MPF na investigação sobre desvios na Secretaria de Saúde de Barra do Piraí
Estranhamente, sem qualquer citação sobre sua participação na organização criminosa investigada pelo Ministério Público Federal, o prefeito Mário Esteves (PRB) mandou publicar nota oficial da Prefeitura de Barra do Piraí, informando, que não cabe comentário sobre o caso que atinge diretamente o atual secretário de Agricultura, vereador licenciado Pastor Monteiro (PRB), denunciado na operação como então prefeito interino em 2013, quando ocorreram os desvios na Secretaria de Saúde comandada por Alexandre de Carvalho, também denunciado e indicado ao cargo pelo então secretário de Saúde do Estado, Sérgio Côrtes, que fazia parte do esquema corrupto montado pelo ex-governador Sérgio Cabral no Estado do Rio. https://www.papagoiaba.com/destaques/mpf-denuncia-associacao-criminosa-que-desviou-r-1-milhao-da-secretaria-de-saude-de-barra-do-pirai
VEJAM A NOTA DA PREFEITURA DE BARRA DO PIRAÍ
A atual gestão da Prefeitura de Barra do Piraí, cujo mandato começou em 2017 e vai até 2020, entende que não cabe comentar a notícia recente do Ministério Público Federal, que remete a fatos supostamente ocorridos em 2013, quatro anos antes da atual gestão assumir.
Cabe destacar que o atual chefe do Executivo, Mario Esteves, não tem nenhuma ligação com a investigação em curso, muito menos é citado, uma vez que, em 2013, ele sequer ocupava qualquer cargo público.
Caso necessário, o governo municipal se colocará à disposição dos órgãos fiscalizadores, para contribuir no sentido de que a investigação siga o curso normal.
OPINIÃO - Em 2013 Mário Esteves exercia influência sobre o prefeito interino Pastor Monteiro
A nota da Prefeitura de Barra do Piraí informa, corretamente, que o prefeito Mário Esteves não foi denunciado ou citado no esquema criminoso instalado na Secretaria de Saúde em 2013.
Porém, não é verdade que “não cabe comentar a notícia recente do Ministério Público Federal, que remete a fatos supostamente ocorridos em 2013, quatro anos antes da atual gestão assumir”, já que o denunciado Pastor Monteiro é o atual secretário de Agricultura, cabendo sim ao prefeito Mário Esteves revelar se o manterá no cargo.
Também não é verdade, que Mário Esteves, por não possuir cargo público na época dos fatos, em 2013, não exercia influência sobre o mandato tampão do então prefeito interino Pastor Monteiro. No artigo “Mário Esteves já é prefeito de Barra do Piraí”, publicado no antigo Blog do Jeff Castro, no dia 18 de abril de 2013, era revelado pelo jornalista Jeff Castro, Editor do JBP Papagoiaba, que todos os nomeados pelo então prefeito interino Pastor Monteiro participavam de reunião com Mário Esteves, que comandava o PRB em Barra do Piraí, para serem ou não aprovados. https://jeff-castro.blogspot.com/2013/04/mario-esteves-ja-e-prefeito-de-barra-do.html
BLOG DO JEFF CASTRO - Artigo publicado no dia 18 de abril de 2013
VEJAM OS DENUNCIADOS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL.
São 16 pessoas denunciadas por desvio de dinheiro público, todavia esse número pode ser maior, a depender da evolução das investigações, informou o Ministério Público Federal.
ESPEDITO MONTEIRO DE ALMEIDA – prefeito interino
ALEXANDRE BAPTISTA DE CARVALHO – secretário de Saúde
ABELARDO DE LIMA PORTO
ANDERSON DOS SANTOS OLIVEIRA
CARLOS ALBERTO DE AVILA
DANILO TEIXEIRA DOS SANTOS
DOUGLAS SAMPAIO RAFAEL
EDIVALDO AMARO DA SILVA
EVANDRO CASTILHO DE SOUZA
JOAO LUIZ RIBEIRO
JOSE GONCALVES PORTO NETO
LUSIANE DA SILVA DIAS
MARIA DE JESUS FERREIRA LOBAO
MONICA MARQUES
THIAGO CARDOSO MONTEIRO
VANIA DOS SANTOS FONTES
NOTA OFICIAL DO PASTOR MONTEIRO
Em relação as informações que circulam nas redes sociais acerca de uma possível ação penal promovida pelo Ministério Público Federal para apurar supostos desvios ocorridos na Secretaria Municipal de Saúde durante minha gestão interina no ano de 2013 cabe esclarecer o seguinte:
Assumi no ano de 2013 como prefeito interino por determinação da Justiça Eleitoral em decisão que surpreendeu a todos, inclusive a mim. Naquela ocasião o Município vivia uma das maiores crises político-econômica da sua história e nosso compromisso era manter os serviços básicos em funcionamento, uma vez que não havia um prazo para que um prefeito eleito assumisse em definitivo.
Devido à grande instabilidade política vivenciada pelo Município e a velocidade com que se deu os acontecimentos tivemos grandes dificuldades em encontrar profissionais capacitados dispostos a assumir cargos de grande responsabilidade por um período indefinido de tempo, o que nos levou a recorrer a indicações partidárias e de membros de outras esferas de poder.
A Secretaria de Saúde ficou a cargo de equipe liderada por profissional médico com comprovada experiência e, até então, nenhuma conduta que desabonasse esses profissionais.
Por força de lei, a Secretaria Municipal de Saúde possui gestão plena, sendo o Secretário o ordenador de despesas e o responsável por autorizar contratações e realizar pagamentos, cabendo ao prefeito apenas a sua indicação e fiscalização.
Assim que tivemos conhecimento de relatos de possíveis irregularidades na gestão da pasta tomamos todas as providências administrativas e judiciais pertinentes para apuração dos fatos, a responsabilização dos culpados e a preservação dos recursos públicos.
Desta forma, no primeiro momento em que tive ciência de possíveis irregularidades determinei pessoalmente o afastamento de todos as pessoas que pudessem ter qualquer tipo de envolvimento com os fatos, bem como a imediata instauração de uma Tomada de Constas Especial para a apuração de eventual prejuízo ao erário e a identificação dos responsáveis.
Desde o primeiro momento comuniquei de forma oficial todos os órgãos de controle, incluindo o Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual e o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Determinei, ainda, que a Procuradoria Geral do Município tomasse as providências necessárias à preservação dos recursos públicos e, ainda na minha gestão, foi ajuizada pelo Município uma Ação Cautelar preparatória de Ação Civil Pública que culminou no bloqueio de bens e dinheiros suficientes para ressarcir todo o dano potencialmente sofrido pelo Município.
Assim, pela nossa ação rápida e intransigente com a má conduta, o Município pôde bloquear recursos em posse da maioria das pessoas potencialmente envolvidas antes que esses recursos fossem ocultados, o que impossibilitaria o ressarcimento aos cofres públicos. Agora, ao contrário do que é maliciosamente alardeado, os desvios efetivamente comprovados no processo serão devidamente ressarcidos pelos recursos já bloqueados e a disposição da justiça.
Durante esses cinco anos que se seguiram sempre colaborei e prestei todos os esclarecimentos às autoridades que apuram o mal feito. Por isso, tenho a consciência tranquila de que não colaborei para os desvios e atuei de forma proba e diligente na condução do caso.
Não fui notificado da existência de processo movido pelo Ministério Público Federal contra minha pessoa, mas se for necessário continuarei colaborando com a justiça, instituição na qual confio, com a certeza que a verdade prevalecerá.
FOTO/CAPA/reprodução
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