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Chuva forte provoca pelo menos 35 mortes em Petrópolis – número de desaparecidos ainda é desconhecido
No dia seguinte à tragédia provocada por fortes chuvas em Petrópolis, na Região Serrana fluminense, a Defesa Civil municipal e o Corpo de Bombeiros informaram, na manhã desta quarta-feira, 16, que subiu para 35 o número de mortos e que ainda não é possível apurar quantas pessoas estão desaparecidas.
Em somente um dos locais atingidos, o Morro da Oficina, no Alto da Serra, que fica acima da Rua Tereza, conhecida área comercial próxima ao Centro Histórico, um grande deslizamento de terra atingiu cerca de 80 casas. Houve ocorrências também nas regiões 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, Vila Felipe, Vila Militar, além das ruas Uruguai, Whashington Luiz e Coronel Veiga.
FOTO/reprodução
Com o dia claro foi possível ver o tamanho da devastação. Muita lama e pedras cobrindo ruas e casas; veículos empilhados, pendurados em postes ou virados de cabeça para baixo; e ônibus abandonados nas ruas ou dentro de rios compõem um cenário de guerra, onde pessoas desesperadas buscam informações de parentes e amigos desaparecidos.
Com grande parte da cidade sem energia elétrica e abastecimento de água, a Prefeitura de Petrópolis decretou estado de calamidade pública, informando, que as equipes dos hospitais foram reforçadas para o atendimento de vítimas.
Corpo de Bombeiros e equipes do Exército e da Defesa Civil mantém buscas nos locais onde houve deslizamentos de terra. O Instituto Médico Legal (IML), da Polícia Civil, está trabalhando na identificação dos corpos.
Agentes das secretarias de Obras, de Serviço, Segurança e Ordem Pública, Saúde, Educação, além da Comdep e CPTrans também atuam no atendimento da população e recuperação da cidade.
Com a tragédia o governador Cláudio Castro cancelou a agenda em dez municípios do Sul fluminense.
Meteorologia alerta para mais chuvas nos próximos dias
Dados do Climatempo, da MetSul Meteorologia e do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) indicam, que o acumulado de chuva em Petrópolis superou a média histórica do mês de fevereiro. Estações meteorológicas no município registraram 260 mm em apenas 6 horas de chuva (a média mensal é de 240 mm).
Segundo informações dos institutos de meteorologia, a chuva extrema foi consequência da formação de intensas áreas de instabilidade sobre o estado do Rio de Janeiro com a passagem de uma frente fria pela costa. Por causa da interação desta frente com o ar quente e úmido sobre o continente, um aglomerado de nuvens carregadas se formou sobre a região no começo do dia. À tarde, com fluxo de ar mais frio vindo do oceano, novas áreas de instabilidade se formaram de forma mais localizada e levaram ao temporal que afetou a cidade. Já durante a noite, ainda de acordo com os meteorologistas, a frente fria já tinha se deslocado e estava na altura do estado do Espírito Santo.
Para esta quarta-feira, 16, a tendência é o enfraquecimento das chuvas na Região Serrana do Rio. Porém, para os próximos dias, há previsão de mais chuvas para a localidade.
FOTO/CAPA/reprodução
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