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Daniel Silvério Bragança, de 34 anos, teve 90% do corpo queimado após um curto circuito em um transformador que passava por manutenção na tarde desta terça-feira, 14, na Usina Presidente Getúlio Vargas, em Volta Redonda.

O acidente aconteceu na área de laminação a frio e o metalúrgico, que atua na área de manutenção elétrica, foi levado para o Hospital das Clínicas, onde permanece internado em estado grave.

No dia 17 de abril o Papagoiaba publicou editorial sobre os sinais precursores na planta industrial da Companhia Siderúrgica Nacional.

O histórico de falhas, incidentes e acidentes repetitivos na Usina Presidente Getúlio Vargas vem sendo considerado preocupante desde o final de 2015, quando a CSN iniciou uma grande redução no quadro de funcionários com o agravamento da crise no setor de aço.

Em março de 2016 quatro funcionários morreram em um incêndio no setor de zincagem. Em agosto do mesmo ano quatro trabalhadores da empresa terceirizada RIP Serviços Industriais foram intoxicados por vazamento de gás no setor de aciaria. Cerca de 30 dias depois dois trabalhadores da terceirizada CBSI ficaram presos em um silo no setor do alto-forno. No dia 27 de março deste ano, operários e moradores voltaram a se assustar com uma explosão no setor de aciaria. Na noite de 16 de abril o som ensurdecedor emitido no setor do Alto-Forno 3, de onde se desprendiam labaredas de fogo e faíscas semelhantes às estrelas cadentes, deixou novamente em pânico os operários e moradores de Volta Redonda.

Os médicos do Hospital das Clínicas avaliam a possibilidade de transferir o paciente nesta quarta-feira, 15, para um hospital especializado no tratamento de queimaduras na cidade de São Paulo.