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PM denunciado por extorsão, coação, falsidade ideológica e comunicação falsa de crime em Volta Redonda
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, na terça-feira, 10, o policial militar Evandro Gonçalves Dias do Nascimento, de 30 anos, lotado no 10º BPM (Barra do Piraí), por extorsão, coação, falsidade ideológica e comunicação falsa de crime. Os delitos ocorreram no dia 12 de maio deste ano, no bairro Padre Jósimo, em Volta Redonda, no Sul Fluminense.
De acordo com a denúncia, pouco tempo após ser libertado da prisão na Operação Corruptio, que ainda está em andamento, Evandro e um comparsa, ainda não identificado, foram ao encontro das vítimas e passaram a ameaçá-las com armas de fogo, exigindo R$ 40 mil para não matá-las.
O valor seria referente ao ajuste firmado antes da prisão de Evandro, quando restou acertado que traficantes enviariam quinzenalmente valores ao denunciado para que não fosse feita repressão ao tráfico na localidade.
Após a prisão de Evandro na Operação Corruptio, o dinheiro combinado deixou de ser enviado, fazendo com que Evandro, após sua liberdade, praticasse a extorsão. A grave ameaça exercida pelos criminosos armados, acrescenta a denúncia, foi feita na presença dos filhos menores das vítimas.
Evandro deixou a casa onde foi feita a extorsão após acertarem que o pagamento seria feito três dias depois. Quando ele e seu comparsa saíam do bairro, entretanto, foram interceptados por traficantes que iniciaram uma troca de tiros.
Evandro foi baleado no ombro e, para ocultar o episódio de extorsão, fez falso registro do acontecimento, tendo comunicado ter sido vítima de uma tentativa de homicídio nas imediações de sua residência – localizada a mais de 4 quilômetros do real local dos fatos.
Evandro ainda tentou coagir as vítimas, ameaçando-as para que modificassem os seus depoimentos.
Réu em processos decorrentes da Operação Corruptio por crimes de corrupção, formação de quadrilha e concussão, Evandro e outros policiais militares recebiam vantagens econômicas para não reprimirem o tráfico de drogas em comunidades do Sul Fluminense. Ele foi preso em razão da operação, mas posteriormente obteve o direito de responder em liberdade.
A denúncia pelos crimes de extorsão, coação, falsidade ideológica e comunicação falsa de crime foram enviadas ao Juízo da Auditoria de Justiça Militar do Estado do Rio de Janeiro, que novamente decretou a prisão preventiva de Evandro.
FOTO/ilustração/reprodução
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