Trocando em Miúdos
Dicas para você escolher peixe de qualidade para Semana Santa
Estado do Rio produz cerca de 60 mil toneladas de pescado marinho por ano
Com o aumento da procura por peixes na Semana Santa, os consumidores devem ficar atentos sobre o que deve ser observado no momento de se escolher o melhor pescado. A Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, atenta à demanda deste período, dá dicas de como optar por um peixe fresco para saborear durante a abstenção de carne vermelha.
De acordo com Flávia Calixto, médica veterinária e pesquisadora da Fiperj, em relação à qualidade e o frescor do pescado, existem algumas características sensoriais que podem ser usadas para a avaliação, como as brânquias e os olhos. As brânquias, que são popularmente conhecidas como guelras do peixe, devem estar vermelhas ou rosas, úmidas, com odor natural e suave. Enquanto os olhos devem estar claros, com aspecto de vivos, brilhantes, salientes (convexos), transparentes.
“Quando não encontramos pescado tão fresco, uma opção é o pescado congelado. Busque marcas que possuam selo de inspeção que indiquem que os peixes, crustáceos e moluscos foram processados em unidade de beneficiamento devidamente fiscalizada quanto à sua qualidade. Observem se na embalagem não tem gelo internamente, pois pode indicar problemas no armazenamento”, orienta Flávia, acrescentando, que o ideal é criar o hábito de consumir pelo menos duas vezes por semana, e não somente na Semana Santa: “É um alimento com muitos benefícios à saúde”, argumenta.
Estado do Rio é um dos maiores produtores
O Estado do Rio é um dos maiores produtores de pescado marinho e estuarino do país. A região costeira fluminense possui uma diversidade geográfica muito especial, com suas baías e sistemas lagunares, que sustentam uma elevada produção pesqueira, explorada não apenas pelos pescadores locais, como por embarcações de outros estados.
A tilápia é a espécie mais produzida, com uma produção estimada de 3,1 mil toneladas, representando cerca de 90% da produção total oriunda da piscicultura (PeixeBr).
A truta arco-íris é outra espécie que se destaca por ser uma iguaria gastronômica. O território fluminense apresenta condições climáticas, ambientais e geográficas favoráveis para a sua produção, sendo historicamente um dos primeiros estados do Brasil a ter consolidado a produção da espécie. Em 2022, a produção estimada da truta arco-íris foi de 39,2 toneladas, concentrada na região serrana.
A sardinha, um dos principais recursos pesqueiros do estado, é um peixe rico em ômega 3 e com baixo custo. Outros peixes também são bastante apreciados ou abundantes em diferentes regiões costeiras, tais como corvina, tainha, anchova, xerelete, namorado, batata.
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