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Por suspeita de fraudes, governador cancela prova objetiva do concurso da Polícia Militar
Após a prisão de 20 pessoas envolvidas em fraudes na primeira etapa, o governador Cláudio Castro determinou, nesta quinta-feira, 31, o cancelamento da prova objetiva do concurso da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, realizada no último fim de semana.
FOTO/CAPA/reprodução/ILUSTRATIVA
Uma sindicância e um processo administrativo foram abertos para apurar as falhas durante a realização da prova. O Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo (Ibade), responsável pelo concurso, foi notificado ontem.
“Contratamos uma empresa para realizar um concurso e o que vimos no último fim de semana é inadmissível. Diante do que foi amplamente mostrado nas redes sociais, e em respeito aos candidatos que agiram corretamente, não me resta outra alternativa que não seja cancelar a prova objetiva”, disse o Governador.
Cláudio Castro destacou o grande número de inscritos para o concurso da Polícia Militar - o maior da história. No total, 119.541 candidatos se inscreveram para disputar 2 mil vagas. A prova foi realizada em 121 locais no Rio, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Niterói.
O governador tranquilizou os inscritos no concurso. “Quem se inscreveu pode ficar tranquilo que em breve vamos anunciar as novas datas para a realização das provas, que acontecerão ainda este ano”, afirmou Cláudio Castro, determinando abertura de sindicância e processo administrativo para apurar falhas durante a realização do exame.
Operação descobre fraudes
No domingo, 27, dia da prova objetiva do concurso, a Polícia Militar realizou operação para impedir o ingresso de envolvidos com práticas criminosas já na primeira etapa do processo de seleção. Após identificarem as pendências judiciais de diversos candidatos com a Justiça, as equipes foram até os locais de prova de cada um deles.
Os PMs prenderam 20 pessoas, sendo 19 mandados de prisão cumpridos por crimes como fraude, deserção das Forças Armadas, receptação e roubo, e um ex-cabo preso em flagrante por falsidade ideológica, ao tentar prestar o exame com dados de outro candidato. Expulso da corporação, ele é acusado de tentativa de homicídio contra um vigilante, em 2016.
Em nota, a Polícia Militar informou que a responsabilidade pela execução e fiscalização do concurso para ingresso no Curso de Formação de Soldados 2023 é do Ibade. A PM afirmou que após ter ciência da situação por meio das publicações de candidatos nas redes sociais e denúncias divulgadas por veículos de comunicação, na segunda-feira, 28, notificou a empresa a responder às supostas irregularidades relatadas, dentro de um prazo de 24 horas.
"Cabe ressaltar que após a análise do relatório que será apresentado pela empresa dentro do prazo definido no contrato de realização do concurso, a Secretaria de Estado de Polícia Militar tomará as medidas cabíveis com relação ao certame", concluiu a nota da PM.
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