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MPRJ obtém na Justiça o afastamento de vereador de Porto Real por suspeita de “rachadinha”
A 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva - Núcleo Resende, no Sul Fluminense, obteve, na Justiça da Comarca de Porto Real e Quatis, decisão para que o vereador de Porto Real, Diego Graciani de Almeida, e o chefe de gabinete, Mateus da Silva Guimarães, sejam afastados dos seus respectivos cargos públicos pelo prazo de 90 dias.
FOTO/CAPA/reprodução - Câmara de Vereadores de Porto Real / DETALHE - vereador Diego Graciani de Almeida
De acordo com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), Diego e Mateus implementaram um suposto esquema voltado para o desvio de recursos públicos, conhecido como “rachadinha”.
Durante a investigação, a Promotoria apurou que, quando candidato, Diego pediu apoio na campanha para um homem que o ajudou com adesivos de veículos e distribuição de material de campanha. Já eleito, Diego teria oferecido um cargo público ao homem, de diretor de Gestão Administrativa da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Porto Real, informando que, dos R$ 4,2 mil, o valor de R$ 1,2 mil deveria ser repassado a ele. O repasse de dinheiro teria sido feito em duas ocasiões, em meses seguidos. Na primeira vez, Mateus teria ido pessoalmente receber o dinheiro. No mês seguinte, o chefe de gabinete teria solicitado a transferência da quantia via pix. Ao dizer que não iria mais efetuar os pagamentos, o homem foi exonerado, sendo substituído pela namorada de Mateus.
A decisão da Comarca de Porto Real e Quatis ressalta que “há indícios suficientes do uso habitual do cargo para o recebimento de vantagens ilícitas, sendo certo que a permanência dos requeridos nos respectivos cargos representa risco aos interesses públicos”.
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