Notícias | PAPAGOIABA
Delator afirmou que Cláudio Castro recebeu R$ 100 mil de propina da Servlog
Em vídeo revelado pela imprensa carioca nesta quinta-feira, 4, o delator Bruno Selem afirma, em depoimento ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), que durante o encontro, em julho de 2019, entre Claudio Castro e o empresário Flavio Chadud, dono da Servlog, o governador em exercício do Estado do Rio recebeu R$ 100 mil em propina na sede da empresa contratada pela Fundação Leão XIII, que foi alvo de investigação na Operação Catarata
Bruno Selem contou que Claudio Castro já tinha recebido propina da Servlog como vereador do Rio e continuou recebendo propina depois que assumiu o cargo de vice-governador do Estado, no início de 2019.
"Que por já ter se beneficiado de pagamento de propina pela Servlog no âmbito municipal e por ter ciência que havia projetos executados pela Servlog no âmbito estadual, notadamente na Fundação Leão XIII, Claudio Castro, na condição de vice-governador do Rio de Janeiro, puxou a fundação Leão XIII para a vice-governadoria no início de janeiro de 2019, com o objetivo de continuar o recebimento de vantagens indevidas por meio do projeto Novo Olhar da Servlog", delatou.
Em outro trecho da delação, Selem revelou.
"(...) No dia 29 do 7 de 2019, véspera da prisão do depoente e de Flavio Chadud, Claudio Castro foi até o shopping Downtown e recebeu das mãos de Chadud o pagamento de propina. O depoente estima que Claudio Castro tenha recebido cerca de 100 mil em espécie naquela ocasião, pois constatou que esse era o valor aproximado que faltava no cofre da empresa após a reunião de Flavio Chadud e Claudio".
No dia da reunião, Castro e Chadud foram filmados por câmeras de segurança do shopping Downtown, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, onde fica a Servlog. No dia seguinte ao encontro, Chadud foi preso na primeira fase da Operação Catarata, que investigou esquemas de fraudes em licitações da Fundação Leão XIII, responsável por políticas de assistência social do governo do Estado, que atende a população de baixa renda e em situação de rua.
O governador em exercício classificou as acusações como “velhas denúncias que até hoje não foram comprovadas". Ele reforçou que processa o delator em diversas instâncias, por calúnia e denunciação caluniosa. "O delator tem usado de artifícios para se esquivar da Justiça, inclusive faltando a depoimento na Polícia Civil", afirmou em nota.
FOTO/reprodução
-
Categoria
Notícias -
Cliques
794 cliques
Inscrever-se
Denunciar
Meus comentários