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TJ-RJ destitui presidente da CBF e FIFA não deve impedir participação do Fluminense no Mundial de Clubes
Julgando extinto o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), assinado em 2022 na Ação Civil Pública movida contra eleições que teriam sido realizadas irregularmente em 2017, a 21ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidiu retirar o dirigente Ednaldo Rodrigues do cargo de presidente.
FOTO/reprodução - Fluminense embarca na terça-feira, 12, para o Mundial de Clubes na Arábia Saudita
Na decisão do TJ-RJ tomada nesta quinta-feira, 7, “a instituição terá de realizar nova eleição no prazo de 30 dias e, até lá, o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva [STJD] ficará responsável pela rotina administrativa da CBF”.
Para Ednaldo Rodrigues, a destituição é uma tentativa de golpe por parte de Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira, ex-presidentes da entidade, que tentam retornar ao poder.
Segundo especialistas em direito desportivo e membros da Fifa, a hipótese de punição da FIFA, que veta interferência da Justiça Comum em uma confederação nacional e que poderia retirar o Fluminense, atual campeão da Libertadores, do Mundial de Clubes, não está no radar no atual cenário.
Como as punições que constam no regulamento da Fifa são para casos extremos, principalmente, em países filiados onde uma ditadura participa e interfere na confederação, a CBF não sofrerá punição e o Fluminense participará normalmente do Mundial de Clubes disputado na Arábia Saudita a partir do dia 12 de dezembro. A seleção brasileira também não será impedida de participar da Copa América do ano que vem, como também não perderá ponto nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Em nota, a Fifa informou que “monitora a situação'”.
Além disso, a Fifa entende que a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro ocorre na esteira de uma movimentação do próprio Ednaldo. Uma vez que a Fifa não se envolveu ou aplicou punições desde o início do processo, em 2017, o mesmo comportamento será adotado agora.
Ednaldo Rodrigues vai ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) recorrer do caso. E o estafe do dirigente está otimista em relação a um desfecho positivo para o cartola.
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