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Judô brasileiro encerra Pan-Americano na ponta do quadro de medalhas
Delegação foi ao topo do pódio mais quatro vezes na sexta-feira, 16
A seleção brasileira de judô finalizou o Campeonato Pan-Americano da modalidade, em Guadalajara (México), na liderança do quadro de medalhas. Foram sete ouros, quatro pratas e três bronzes. Na sexta-feira, 16, último dia de combates, a delegação nacional subiu sete vezes ao pódio, sendo quatro delas no topo.
Os medalhistas dourados amealharam 700 pontos no ranking da Federação Internacional de Judô (IJF, sigla em inglês), que define a classificação para a Olimpíada de Tóquio (Japão). Dos quatro judocas brasileiros campeões na sexta, dois brigam por um lugar nos Jogos: Rafael Silva (categoria acima de 100 quilos) e Beatriz Souza (acima de 78 quilos).
Na final, Rafael bateu o também brasileiro David Moura, concorrente direto por vaga em Tóquio na categoria acima de 100 quilos - o país pode ter somente um judoca por peso. Ambos estão na zona de classificação para os Jogos, assim como Beatriz e Maria Suellen Altheman na categoria acima de 78 quilos. Esta última venceu a edição 2020 do Pan, em novembro, que também vale para o ranking olímpico. Como apenas o melhor resultado nas duas competições seria levado em conta, Maria Suellen foi poupada do torneio no México, tal qual outros campeões do ano passado: Eric Takabatake (até 60 quilos), Daniel Cargnin (até 66 quilos) e Maria Portela (até 70 quilos).
Os outros dois ouros foram para atletas da nova geração, que disputaram o Pan pela primeira vez: Guilherme Schmidt (até 81 quilos) e Ellen Santana (até 70 quilos). O primeiro, de 20 anos, é o 57º do mundo e número três do Brasil no peso, mas subirá posições com o resultado em Guadalajara. Entre os brasileiros, a categoria dele é encabeçada por Eduardo Yudi Santos, 23º do ranking da IJF (na zona de classificação olímpica), que não competiu no México por se recuperar da infecção pelo novo coronavírus (covid-19).
Ellen, por sua vez, é da mesma categoria que Portela, nona do ranking mundial no peso, com vaga já encaminhada para Tóquio e responsável pelo primeiro ouro brasileiro em Grand Slams neste ano, em Tbilisi (Geórgia). A judoca de 22 anos, atualmente em 39º, ficará perto do top-30 com os 700 pontos que somará na próxima atualização da lista, na segunda-feira (19).
As demais medalhas brasileiras de sexta vieram com Rafael Macedo e Leonardo Gonçalves. O primeiro, 18º do mundo e à caminho dos Jogos, foi prata na categoria até 90 quilos. Já o segundo, 19º do ranking da IJF na categoria até 100 quilos, levou o bronze. Ele também figura na zona de classificação olímpica, mas é o segundo judoca do país no peso. O primeiro é Rafael Buzacarini, que seria adversário de Leonardo na disputa pelo terceiro lugar, mas se recupera de uma fratura no dedo do pé e não lutou. Como havia sido prata no Pan de 2020, o resultado de Buzacarini a ser considerado, para efeito de pontuação no ranking, será o do ano passado.
Parte da delegação que está em Guadalajara continuou na cidade para o Open Pan-Americano, torneio de menor pontuação (100 pontos ao campeão) mas também válido para o ranking olímpico, que iniciou neste sábado (17) com transmissão ao vivo pelo canal da Confederação Pan-Americana de Judô no YouTube. Estão na disputa Gabriela Chibana, Nathália Brígida (ambas na categoria até 48 quilos), Jéssica Pereira, Ketelyn Nascimento (as duas na categoria até 57 quilos), Ellen Santana (até 70 quilos), Renan Torres (até 60 quilos), Willian Lima (até 66 quilos) e Guilherme Schmidt (até 81 quilos).
O circuito mundial de judô será retomado em maio com o Grand Slam de Kazan (Rússia). Em junho, o Mundial de Budapeste (Hungria) encerra o ranqueamento para Tóquio.
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