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Pará confirma caso de vaca louca e venda de carne bovina à China é suspensa
Amostras foram enviadas para laboratório no Canadá
A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) confirmou nesta quarta-feira, 22, um caso de mal da vaca louca no interior do estado. O órgão não especificou o município, informando apenas que o caso ocorreu numa pequena localidade no sudeste paraense, numa propriedade com 160 cabeças de gado.
Segundo a agência, a propriedade já foi isolada, inspecionada e interditada preventivamente. Amostras foram enviadas a um laboratório no Canadá para verificar se a ocorrência se trata de um caso clássico, em que há transmissão de um animal para outro, ou atípico, em que a doença se desenvolve de forma espontânea na natureza, geralmente em animais idosos.
Em comunicado, a Adepará destacou que trabalha com a hipótese de caso atípico, sem risco de disseminação ao rebanho e ao ser humano. O órgão informou estar em contato permanente com o Ministério da Agricultura e Pecuária e que trata do tema com transparência e responsabilidade.
Na segunda-feira, 20, o Ministério da Agricultura informou que estava investigando um caso suspeito de vaca louca no Brasil.
A morte em pasto aumenta as chances de que o suposto caso de vaca louca tenha se originado de forma “atípica”, espontaneamente na natureza, em vez de ser transmitido pela ingestão de ração animal contaminada. Isso, em tese, reduz as chances de imposições de barreiras comerciais.
Vendas de carne bovina à China são suspensas
As exportações de carne bovina à China estão suspensas a partir desta quinta-feira, 23, por causa da confirmação de um caso de mal da vaca louca no Pará.
“O diálogo com as autoridades está sendo intensificado para demonstrar todas as informações e o pronto restabelecimento do comércio da carne brasileira”, informou o ministério em nota oficial.
O ministério também forneceu mais detalhes sobre o caso. Segundo a pasta, a doença atingiu um animal macho de nove anos, idade considerada avançada para bovinos, numa pequena propriedade em Marabá (PA). O animal era criado em pasto, sem ração, e teve a carcaça incinerada na fazenda, que foi interditada pelo governo do Pará em caráter preventivo.
Segundo o Ministério da Agricultura, o caso foi comunicado à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). As amostras foram enviadas para o laboratório referência da instituição em Alberta, no Canadá. Após análise o laboratório poderá confirmar se o caso é atípico, ou seja, sem risco de transmissão para outros bovinos e para humanos.
FOTO/reprodução/ilustrativa
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