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Um comunicado da Ford, publicado nesta segunda-feira, 11, informou, que a montadora encerrará, imediatamente, a produção de veículos em Camaçari (BA) e Taubaté (SP), sendo mantida apenas a fabricação de peças por alguns meses, para garantir disponibilidade dos estoques de pós-venda. A fábrica da Troller, em Horizonte (CE), continuará operando até o quarto trimestre deste ano.

Sem um mínimo de respeito pelos consumidores brasileiros, a Ford revelou que os modelos EcoSport, Ka e T4 não serão mais vendidos no Brasil.

Cerca de cinco mil funcionários da Ford serão impactados no Brasil e na Argentina. Deste total, estima-se que ao menos 830 funcionários serão demitidos da planta de Taubaté e 470 nas fábricas de Camaçari e Horizonte (CE).

Revelando, que a decisão foi tomada após anos de perdas significativas no Brasil, a multinacional americana acrescentou que a pandemia agravou o quadro de ociosidade e redução de vendas na indústria.

Responsabilizado por parte da mídia pelo fechamento dos parques fabris da Ford no Brasil, o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou, nesta terça-feira, 12, que a empresa "perdeu para a concorrência" e "em um ambiente de negócios, quando não se tem lucro, se fecha".

Segundo Bolsonaro, faltou à Ford dizer a verdade. “Incompetentes na concorrência, eles querem subsídios", revelou o presidente, afirmando, que a montadora recebeu R$ 20 bilhões em renúncia fiscal de governos brasileiros desde 2003, e queria que o país prosseguisse subsidiando sua produção de veículos. O setor automotivo recebeu mais de R$ 60 bilhões em subsídios neste período.

O Ministério da Economia lamentou o fato. "A decisão da montadora destoa da forte recuperação observada na maioria dos setores da indústria no país, muitos já registrando resultados superiores ao período pré-crise. O ministério trabalha intensamente na redução do Custo Brasil com iniciativas que já promoveram avanços importantes. Isto reforça a necessidade de rápida implementação das medidas de melhoria do ambiente de negócios e de avançar nas reformas estruturais", diz a nota enviada à imprensa.

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