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Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo destaca trabalho do Magistério na pandemia
Em 2020, o Dia do Professor, 15 de outubro, é marcado pela capacidade da categoria de salvar o ano letivo com aulas remotas. Atuação dos profissionais é um exemplo dos equívocos do projeto da reforma administrativa, danoso para quem ganha menos
Na avaliação de Álvaro Gradim, presidente da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (AFPESP), uma das ações mais complexas e importantes no enfrentamento da pandemia de Covid-19 foi manter aulas regulares on-line para milhões de alunos da Educação Básica, Ensino Médio, faculdades e universidades de todo o País. "Não bastou o aporte tecnológico das escolas. Foi fundamental a capacidade de rápida adaptação dos professores, muitos deles tendo de lidar pela primeira vez com ferramentas e plataformas sofisticadas".
Lembrando que parte expressiva dos 246 mil associados da entidade é constituída por membros do Magistério, Gradim acentua que, nos sistemas públicos de educação, as dificuldades enfrentadas pelos professores têm sido ainda maiores, pois o suporte tecnológico nem sempre é eficiente como os das instituições particulares. Além disso, numerosos alunos, conforme relatos dos mestres, têm apenas um celular para acompanhar as aulas, pois suas famílias não dispõem de renda suficiente para comprar um tablet ou computador.
Reforma injusta
O presidente da AFPESP frisa que os professores incluem-se entre os servidores que serão mais prejudicados pela Proposta de Emenda à Constituição que institui novo marco legal para a administração pública, que agrava diferenças salariais, privilégios e assimetria de direitos, atingindo somente quem ganha menos.
Nesse sentido, o Magistério soma-se aos médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e todo o pessoal administrativo de hospitais e unidades de atendimento do SUS, que, desde o início da pandemia, estão cuidando dos milhões de brasileiros infectados, salvando vidas e se colocando em risco, pois são sempre grandes suas possibilidades de contágio, como mostram as estatísticas. Outro exemplo são os docentes - pesquisadores e cientistas - das universidades públicas, muitos inclusive com as bolsas cortadas ou reduzidas por recentes medidas de contenção de gastos, que estão se desdobrando em estudos para desenvolver protocolos de tratamento e medidas de combate ao novo coronavírus.
"São esses, dentre outros, os que arcarão com o rombo fiscal, embora ganhem menos e não tenham os mesmos privilégios daqueles que estão sendo poupados pela proposta de reforma administrativa, um projeto injusto e infrutífero quanto aos objetivos de contribuir para o equilíbrio fiscal", afirma o presidente da AFPESP.
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