Notícias | PAPAGOIABA
Deputado ultranacionalista faz vídeo acompanhado por estudante de Direito defensor de Bolsonaro na UFF-RJ
Na sexta-feira, 13 de novembro, dia do ano de 1968 em que foi decretado, pelo presidente Costa e Silva, o Ato Institucional número 5 (AI-5), aconteceu, no Campus da Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ), em Volta Redonda, no Sul Fluminense, o evento de hasteamento da Bandeira promovido pelos estudantes alinhados com o ultranacionalismo do presidente Jair Bolsonaro, sem partido.
Durante o evento, o deputado federal Daniel Silveira (PSL), acompanhado por um aluno da faculdade de Direito, trajando uma camisa em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, percorreu, justificando estar cumprindo seu papel de parlamentar federal, os corredores do centro acadêmico, denunciando, uma suposta ‘esquerdização’ alimentada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Volta Redonda.
FOTOS/extraídas do vídeo do deputado federal do PSL
Negando fatos nacionais, como a existência do regime de ditadura militar, entre os anos de 1964 e 1985, o deputado federal Daniel Silveira, mais uma vez, desdenhou da história da vereadora Marielle Franco, assassinada, junto com seu motorista Anderson Gomes, no dia 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, Centro do Rio de Janeiro. “Só querem achar os culpados, mas não querem saber os motivos. Defendem, mas ninguém conhecia Marielle, que agora é mártir”, disse o parlamentar ultranacionalista, no vídeo.
Tratando os torturados e mortos durante a ditadura militar como “pessoas desprezíveis”, o parlamentar atacou a Comissão da Verdade, criada para registrar na História do Brasil todas as atrocidades cometidas no regime de ditadura militar, principalmente, após o decreto do AI-5.
No Centro de Memória do Sul Fluminense Genival Luís da Silva, espaço que abriga o acervo da Câmara de Vereadores de Volta Redonda, o parlamentar atacou os sindicalistas desprezando a memória dos mortos na greve dos trabalhadores da Usina Presidente Vargas, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
No dia 9 de novembro de 1988, soldados do Exército e da Polícia Militar mataram três trabalhadores a tiros durante a ação para dispersar os grevistas nas imediações da CSN.
DITADURA MILITAR TAMBÉM PERSEGUIU MILITARES
Em mais de duas décadas de ditadura no Brasil, o regime perseguiu, prendeu ou torturou 6.591 militares.
Os dados foram compilados pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), instituída pelo governo brasileiro em 2011 para investigar violações de direitos humanos cometidas por agentes públicos e outras pessoas a serviço do Estado.
Vejam como a AI-5 também perseguiu militares não alinhados a ditadura militar implantada no Brasil em 31 de março de 1964. https://www.papagoiaba.com/editorial/os-50-anos-do-ato-institucional-numero-5-ai-5
-
Categoria
Notícias -
Cliques
2474 cliques
Inscrever-se
Denunciar
Meus comentários