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MPRJ e Polícia Civil realizam operação contra traficantes em Barra de Piraí, Barra Mansa, Volta Redonda, Angra dos Reis, Resende e Rio de Janeiro
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), em parceria com a Polícia Civil, realiza, nesta quarta-feira, 23, operação para combater o tráfico de drogas em municípios do Sul Fluminense e da Costa Verde, inclusive, em localidades da Ilha Grande.
Com 36 pessoas presas nas primeiras horas da manhã, os agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) e da 90ª Delegacia de Polícia Civil (Barra Mansa) cumprem 87 mandados de prisão preventiva e 112 de busca e apreensão em Barra Mansa, Volta Redonda, Barra de Piraí, Angra dos Reis, Resende e Rio de Janeiro.
A investigação coordenada pela Promotoria de Investigação Penal de Barra Mansa teve início com quebras de sigilo de dados de dispositivos apreendidos com traficantes da localidade, que possibilitaram a identificação de estruturada organização criminosa atuante em municípios do Sul Fluminense e Costa Verde.
Durante a investigação dos registros audiovisuais armazenados nos dispositivos apreendidos, foi revelada a violência praticada pelos criminosos, que se valiam de armas de fogo de alto potencial lesivo para controlar territórios, executar devedores e traficantes rivais e, também, confrontar as forças policiais.
A liderança no núcleo Barra Mansa é exercida pelo denunciado Emiliano de Melo, vulgo Favela, que coordena o fluxo de venda de drogas em diferentes localidades, junto com seu filho, o denunciado Alan Lucas Eurico de Melo, vulgo Al. O núcleo Volta Redonda é liderado por Thiago Cláudio Duarte Chagas, vulgo Thiago Cabeça, responsável por coordenar todas as ações adotadas pelos outros integrantes, inclusive a execução de usuários devedores e de outros traficantes. No núcleo Barra do Piraí, um dos responsáveis é Igor Machado Trindade. A denúncia relacionou ainda integrantes do tráfico nos núcleos Resende; Angra dos Reis, na região da Ilha Grande; e no Rio de Janeiro, especificamente na Vila Kennedy, local apontado como fonte de drogas para as comunidades da Região Sul Fluminense.
Segundo o MPRJ, o nome da operação (Futebol Clandestino), foi inspirado no nome de um dos grupos de Whatsapp utilizados pelos traficantes para tratar das áreas gerenciadas pelos criminosos na região, no qual tratavam da aquisição e distribuição de drogas, armas, munições, materiais de endolação, bem como para a troca de informações sobre alvos que seriam policiais e traficantes de facção rival em atuação na região. Em outro desses grupos de Whatsapp – chamado União Sul Fluminense – foi identificada a participação de mais de 150 integrantes do tráfico de diversas cidades da Região Sul do Rio, todos pertencentes à mesma facção criminosa. Outros grupos eram restritos a cidades ou bairros específicos. Havia, ainda, a existência de grupos específicos integrados pelas lideranças do tráfico, dentre eles um chamado "Controle Pó de 50", no qual faziam o intercâmbio de informação no nível gerencial e a própria contabilidade das atividades financeiras realizadas pela organização criminosa.
Entre os denunciados estão 20 mulheres e 67 homens. Alguns já se encontram presos, e, de acordo com a denúncia, ainda continuam ativos gerenciando a distribuição e comercialização de drogas na região. Diante de tais fatos, foram objeto de novas imputações em relação aos delitos de tráfico e associação para o tráfico de substâncias entorpecentes.
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