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Polícia Federal e MPF investigam suposta rede de proteção aos envolvidos nos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu abertura de um novo inquérito para apurar supostas ações de organização criminosa nas investigações sobre os assassinatos da vereadora do PSol, Marielle Franco, e de seu motorista, Anderson Gomes.
Com base em dois depoimentos colhidos por procuradores federais, as suspeitas são de que políticos, policiais civis e militares, milicianos e contraventores do jogo do bicho obstruíram e desviaram rumos das investigações. Um dos depoentes, o ex-policial militar Orlando de Oliveira Araújo, o Orlando da Curicica, preso no Rio Grande do Norte, citou o próprio chefe de Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, como membro de uma suposta rede de proteção aos envolvidos nos assassinatos.
Com a decisão de Raquel Dodge no Ministério Público Federal, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, também determinou a abertura de inquérito na Polícia Federal para investigar ações da organização criminosa, que poderia estar atrapalhando a apuração dos assassinatos. Jungmann justificou a medida como necessária por causa dos fortes indícios de fraudes processuais, corrupção, favorecimento pessoal, exploração de prestígio e falsidade ideológica.
A vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram mortos a tiros em uma emboscada na Rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, na Região Central do Rio de Janeiro, por volta das 21h30 de 14 de março deste ano. Desde então as investigações vêm sendo mantidas em sigilo absoluto pela Polícia Civil carioca, que aparentemente e apesar da repercussão internacional do caso, demonstrou, no mínimo, incompetência para resolver os crimes cometidos por ocupantes de um veículo filmado em vários momentos e locais pelas câmeras de segurança espalhadas na cidade do Rio de Janeiro.
Com os depoimentos colhidos pelos procuradores federais, as denúncias da vereadora do Psol contra ações de policiais militares e civis nas comunidades cariocas, voltaram a ser consideradas como principais motivações dos assassinatos repercutidos pela mídia internacional como atentados à Democracia no Brasil.
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