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Empresário afirma que futebol brasileiro está corrompido por jogadores e árbitros envolvidos com apostas
O empresário William Pereira Rogatto, que reside em Portugal e prestou depoimento na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas no Senado, nesta terça-feira, 8, por meio de videoconferência, “abriu o jogo” e como réu confesso revelou que sua atuação já rebaixou 42 equipes do futebol brasileiro.
Apontado pelo Ministério Público do Distrito Federal e dos Território (MPDFT) como chefe do esquema ilegal de apostas esportivas, William Rogatto afirmou ter recebido mais de R$ 300 milhões com a manipulação de resultados no futebol brasileiro .
O empresário revelou, também, sua relação com árbitros de futebol de todos os escalões - regionais, nacionais e quadro Fifa. Segundo ele os pagamentos chegavam a R$ 50 mil, cerca de sete vezes mais em relação ao que recebe um árbitro Fifa na Série A. "Um árbitro hoje ganha em torno de R$ 7 mil por jogo. O gatilho do futebol está na máfia, da federação e da CBF", disparou, citando John Textor, que fez denúncias de manipulação de resultados em jogos nas edições de 2022 e 2023 do Brasileirão. “Eu garanto que o John Textor não está totalmente errado. Chamam de louco, ele não é tão louco assim”, acrescentou.
Afirmando, que o futebol brasileiro está corrompido por conta do envolvimento de jogadores com apostas, assim com o de árbitros, William Rogatto disse que as medidas protetivas oferecidas pelos senadores da CPI não serão suficientes para protegê-lo das ameaças caso ele revele tudo o que sabe.
Os senadores se comprometeram a se encontrar pessoalmente com o empresário, em Portugal, a fim de conseguirem mais detalhes para a investigação da comissão, que vai ouvir nos próximos dias, Bruno Tolentino, tio do meio-campo Lucas Paquetá, investigado por participar de um esquema ilegal de apostas no Campeonato Inglês, e a influenciadora digital Deolane Bezerra, sob a argumentação de que ela teve envolvimento com uma casa de aposta investigada por crime contra a economia popular e associação criminosa.
FOTO/CAPA/reprodução - empresário William Rogatto por meio de videoconferência na CPI do Senado
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