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Nesse momento onde o egoísmo e a solidariedade são conflitantes em um mesmo discurso, o prefeito Fernandinho Graça (PP) se viu obrigado, politicamente, a se manifestar sobre notícias divulgadas nas redes sociais por parte da população de Valença, no Sul Fluminense.

Segundo as notícias, leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Escola de Valença poderão ser cedidos para tratamento de pacientes de outros municípios infectados pela Covid-19.

Em vídeo gravado nesta terça-feira, 14, Fernandinho Graça esclareceu, que conversou com Antônio Carlos Arbex, presidente da Fundação André Arcoverde (FAA), sobre o caso. Segundo o prefeito a notícia não é verdadeira e os 20 leitos do Hospital Escola, mais os 5 leitos mantidos pela Prefeitura, somente serão ocupados pelos moradores de Valença.

O vereador professor Rafael Tavares (Patriota) também gravou vídeo afirmando que não permitirá pacientes de outros municípios ocupando leitos de UTI em Valença.

Ao que parece, a pandemia transferiu os mesmos problemas dos refugiados no mundo, das fronteiras internacionais para as municipais.

O JBP Papagoiba pergunta às autoridades de Valença: se houver necessidade de mais leitos de UTI para pacientes do município, vocês abandonarão esses pacientes ou buscarão vagas de UTI em hospitais de outras cidades?

FOTO/CAPA/reprodução

VÍDEO DO PREFEITO DE VALENÇA

TRECHO DO VÍDEO DO VEREADOR PROFESSOR RAFAEL

ATUALIZAÇÃO - 19h59, quarta-feira, 15 de abril

NOTA DO VEREADOR RAFAEL TAVARES

Tendo em vista os fatos noticiados, afirmo que em nenhum momento tive a intenção de proibir moradores de outros municípios a utilizarem os leitos de UTI do Hospital Escola de Valença, até porque, esta função não cabe do papel constitucional de vereador. Meu único intuito é garantir, através de fiscalização, que os recursos aprovados sejam utilizados de forma correta no enfrentamento ao novo Coranavirus.

Estamos passando por um momento crítico no sistema de saúde do nosso país e não podemos virar as costas para o problema e nem negar ajuda a quem precisa.