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Segundo a delação de Cabral o prefeito de Volta Redonda teria sido um dos beneficiados no TSE
Na delação do ex-governador Sérgio Cabral, os prefeitos Antônio Francisco Neto, de Volta Redonda, no Sul Fluminense, e Branca Motta, de Bom Jesus de Itabapoana, no Norte Fluminense, foram citados como supostos beneficiados pelo pagamento no valor de R$ 4 milhões, que teria sido realizado em 2015 pelo secretário de Obras do Estado, Hudson Braga, ao escritório da advogada Roberta Rangel, mulher de Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Hudson Braga, o ‘Braguinha’, é de Volta Redonda e integrou o governo de Neto de 1996 a 2000.
Segundo o ex-governador do Rio, o pagamento foi realizado, supostamente, para comprar sentenças no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde Toffoli era ministro e os prefeitos de Volta Redonda e de Bom Jesus de Itabapoana figuravam como réus em processos eleitorais.
Preso desde 2016 em 18 condenações, que somam 342 anos, 9 meses e 16 dias, Sérgio Cabral foi ouvido cerca de 10 vezes, entre setembro e dezembro de 2019, por dois delegados, na Superintendência da Polícia Federal, no Centro do Rio de Janeiro.
O conteúdo da delação de Cabral foi homologado no Supremo Tribunal Federal (STF) em fevereiro de 2020. Seis meses depois, o ministro Dias Toffoli decidiu pelo arquivamento de 19 anexos atendendo parecer do Procurador-Geral da República Augusto Aras, que alegou não ter visto elementos suficientes para justificar as investigações.
Como cerca de 20 capítulos das narrativas e denúncias feitas por Cabral na delação não foram abrangidas pela decisão de arquivamento assinada pelo ministro Toffoli, os policiais federais, com autorização do ministro Edson Fachin, passaram a investigar o conteúdo desses 20 capítulos.
Datas, documentos, nomes de envolvidos, processos em andamento na Justiça e o compartilhamento de provas de outros casos investigados que se cruzam aos fatos relatados, foram verificados e a conclusão da Polícia Federal aponta para coerência na delação de Cabral, que foi gravada em DVD.
Em setembro de 2020, a defesa de Cabral entrou com recurso para desarquivar os outros 19 anexos. O pedido está na mesa da ministra Rosa Maria Weber.
Entrevistado por uma rádio de Volta Redonda, na manhã desta quinta-feira, 13, o prefeito Antônio Francisco Neto disse que são infundadas as acusações do ex-governador Sérgio Cabral.
Branca Motta, de Bom Jesus de Itabapoana, não se pronunciou sobre o caso.
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