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Presos integrantes da quadrilha que extorquiu R$ 10 milhões de uma idosa de 85 anos, em Teresópolis
Agentes da 110ª Delegacia de Polícia Civil cumprem cinco mandados de prisão e onze de busca e apreensão contra membros de uma quadrilha, que extorquiu cerca de R$ 10 milhões de uma idosa de 85 anos, em Teresópolis, na Região Serrana do Rio.
De acordo com a investigação, o golpe começou em 2018, quando um dos integrantes da quadrilha foi contratado para prestar serviços na casa da idosa, que era funcionária da Justiça Federal.
Um dos presos na operação, Bruno de Lima Reis, começou como pedreiro e depois se tornou o motorista da vítima. Ele também é apontado como responsável por indicar outros criminosos para trabalhar na casa. Luiz Carlos Amorim e Márcia Souza Pereira Amorim, caseiros do sítio da vítima, e Marcelo da Silveira Reis, jardineiro do sítio, que é considerado foragido. Já Moacir Carvalho Correia, auditor da Receita Estadual de doze municípios da Região Serrana, cedia sua conta para as transferências bancárias.
As investigações apontam que as transferências de dinheiro eram feitas através de contas de terceiros, que sacavam as quantias e repassavam aos membros da quadrilha, ficando com 5% dos valores transferidos.
A funcionária aposentada da Justiça Federal era constantemente dopada com o medicamento utilizado no golpe conhecido "boa noite, Cinderela". Assim a vítima assinava cheques e documentos autorizando a venda de seus imóveis e saques em contas bancárias. Possivelmente por conta do uso excessivo do medicamento, a senhora apresenta distúrbio mental.
Ainda de acordo com a investigação, em 2020, os criminosos conseguiram forjar uma declaração de união estável entre a idosa e Bruno, de 31 anos. Com isso, a quadrilha vendeu todos os imóveis da vítima, como quatro apartamentos na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, e em Copacabana, na Zona Sul. "Os apartamentos foram vendidos por um valor bem menor do que o real para que obtivessem o dinheiro mais rápido", explicou a polícia. O sitio na Região Serrana também foi transferido para um dos membros da organização criminosa.
Os integrantes da quadrilha vão responder pelos crimes de roubo qualificado, organização criminosa e lavagem de capitais. Já as pessoas que cederam suas contas para as transferências bancárias vão responder por organização criminosa e lavagem de capitais.
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